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EFEMÉRIDES

Aconteceu a 1 de dezembro de 1640



Restauração da Independência de Portugal

A morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir sem deixar descendência e outros motivos de natureza vária que já referimos em artigos anteriores, contribuem para a perda da Independência de Portugal.

Sem um sucessor direto, a coroa passa para Filipe II de Espanha. Este, aquando da tomada de posse, nas cortes de Tomar, realizadas em 1581, promete zelar pelos interesses do País, respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais.

Com o passar do tempo, essas promessas vão sendo desrespeitadas: os cidadãos nacionais perdem privilégios e passam a uma posição de subalternidade em relação a Espanha.

Esta situação leva a que se organize um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde estão presentes elementos do clero e da nobreza.

A 1 de dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Paço da Ribeira, onde reside a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, mata o seu secretário Miguel de Vasconcelos e vem à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal.

Termina, assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal.

A revolução de Lisboa é recebida com júbilo em todo o País.

A Independência de Portugal é declarada num momento favorável: grande parte das forças espanholas estavam envolvidas, desde 7 de junho de 1640, no combate à Sublevação da Catalunha, não tendo reagido de imediato.

Era expectável, no entanto, uma futura retaliação espanhola.

Para reforçar a defesa das fronteiras de Portugal, são mandados alistar todos os homens dos 16 aos 60 anos e fundidas novas peças de artilharia.

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