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O SERVENTE DE PEDREIRO


Autor
JORGE FRANCISCO MARTINS DE FREITAS

Excerto

O imponente Castelo de Lisboa, desde o reinado de D. João I chamado de São Jorge, eleva-se entre o velho casario da milenária cidade como um indomável guardião, tendo, a seus pés, toda a vasta zona histórica e, mais ao longe, as torres das novas urbanizações, aparentando peões estrategicamente colocados numa imaginária linha defensiva. Do alto da esplendorosa fortificação, são visíveis algumas das mais emblemáticas praças da velha urbe, nas quais viaturas e pedestres surgem, dada a distância, como pequenos pontos em movimento. Ao entardecer, para nosso deleite, podemos observar o sol pondo-se a ocidente, refletindo suaves tons avermelhados sobre o rio Tejo banhando calidamente a capital de Portugal.

Encobertos pelo exuberante arvoredo que envolve as paredes da velha fortaleza, algumas delas apresentando-se cobertas por luxuriantes paramentos vegetais, Artur e Alice, ambos com 15 anos de idade, beijam-se, um pouco às escondidas, pois essas exteriorizações amorosas em público não eram bem aceites pela sociedade portuguesa do início da década de 1960. Os dois tinham faltado às aulas, para se encontrarem neste ameno local situado nas imediações dos populares bairros onde residiam.

O rapaz tinha encetado este relacionamento havia poucas semanas.

A adolescência não era fácil para os jovens de então. O convívio entre rapazes e raparigas era dificultado pela separação que, desde tenra idade, era feita pelo Estado, instituindo escolas masculinas e femininas.

Este excerto faz parte do livro de contos ENTRE PARAGENS, já disponível em livrarias de Portugal e do Brasil.

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